segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Túnel do tempo

Acabei de me dar conta de como o tempo voa realmente.
Nossos planners,agendas, calendários, aplicativos  e afins nos dão  a falsa sensação  de  que temos algum controle sobre nosso tempo e sobre como o administramos.
Claro, temos sim que organizar e combinar tarefas e compromissos, e  ter responsabilidade para com nossos afazeres afinal isso reverte-se em benefícios para nós mesmos já que tarefqs bem executadas são perpétuas; porém não dominados o tempo de forma alguma, apenas tentamos utilizá-lo da melhor maneira possível.
O passado não existe mais, o futuro ainda não existe e o presente é uma brevidade então usemos bem nosso tempo. Sejamos aplicados em fazer nosso tempo render, e  que tudo que gaste oubexija nosso tempo seja produtivo 3 proveitoso... pois além de voar, o tempo não volta.
Então, que nosso tempo voe sem retorno na direção certa: Aquela que resulta em algum tipo de satisfação.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Memória

Desde que me reconheço como indivíduo eu sei que sou uma pessoa falante e que gosta de aprender e conhecer coisas novas ; mas também sempre tive certa dificuldade de interação. Nunca foi fácil para mim me sentir segura no meio de um grupo, eu preciso de um tempinho até me estabelecer e me desarmar um pouco. Romance para mim sempre foi complicado, até mesmo por eu nunca ter sido correspondida das vezes em que me arrisquei revelar o que sentia e honestamente, eu ando sem paciência e energia para dispensar às exigências do sexo masculino.
Não que eu seja aquela criatura integralmente antissocial que se esquiva do contato com outros da sua espécie de qualquer forma possível, eu tenho amigos e tive alguns paqueras, porém os amigos são poucos e um de cada lugar, os paqueras com o tempo têm seu interesse tornado em coleguismo e acabamos sendo amigos em vez de casal potencial.
Eu não me sinto triste a ponto de amaldiçoar a humanidade inteira por não reconhecer uma viva alma que realmente se importe , porém admito que gostaria de me sentir menos alheia quando em contexto de um grupo. Eu tenho pessoas com quem mantenho uma relação de amizade individualmente, mas não tenho um grupo do qual seja parte.
É essa memória que  não tenho construída

sábado, 8 de setembro de 2018

Indiferença tornada em plenitude

Quando nos tornamos adultos há uma série de situações em que temos que exercitat a diplomacia, e assim, politicamente ignorar algumas atitudes,comentários e reações para poder ter uma convivência o mínimo pacífica seja com as pessoas a sua volta.
  Com o tempo e o seu próprio amadurecimento, essa indiferença diplomática vai ganhando mais e mais forma e proporção, até que de fato você realmente deixa de ligar para tais.
    Enquanto ainda estamos na fase da indiferença, é preciso conter um pouco de raiva e insatisfação para não acabar descontando em alguém, e então nos vemos forçados a mastigar e engolir todas as chamas de fogo que gostariamos de cuspir nos objetos de nossa irritação; mas na fase da plenitude, quando de fato não ligamos mais, passamos a  nos perguntar como passamos tanto tempo desperdiçando energia com coisinhas tão medíocres e desnecessárias .
Pois é, uma das vantagensde envelhecer é essa.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Final

Mais um final de período...
Tanto estresse e dedicação que nos deixa exaustos.
E então depois de pegar as notas, vem o alívio de ter feito esforço suficiente e poder seguir  ...
O final das coisas me é intrigante. A maneira como certas coisas terminam nos permitem prever como o que vem a seguir poderia começar.
O final de um livro e o que lemos a seguir.
O final de um filme e a sua continuação
O final de um episódio e o próximo logo a seguir.
O final de uma refeição e a sobremesa.
O final de um relacionamento e o que vem a seguir.
O final de uma fase e a outra que sobrevém.
O final de um ciclo e tudo o que aprendemos com isso.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Compartimentalização

Há uns meses eu venho reclamando para mim mesma sobre a minha noção de espaço, pertencimento e ocupação que vem se distorcendo com o avançar dos dias ...
Não sei você, mas eu me sinto apertada ... Isso mesmo, apertada. O espaço não é suficiente, preciso de mais.
Venho me sentindo assim no meu quarto cada vez que fico presa entre as coisas e acaso derrubando objetos das estantes ou fazendo barulho demais ao me mexer na cama e opto por não me mexer ou ficar em uma única posição; mas na verdade eu queria um quarto maior e só meu porque dividi-lo com minha irmã também não ajuda. Eu me sinto sufocada, meu espaço físico  é pouco abundante e insuficiente para mim, parece que eu não caibo mais na minha própria cama, é como seu estivesse todos os dias indo e.voltando da casa de outra pessoa e dormindo em uma cama que nunca foi minha.
Me sinto assim também no transporte público, que por si só é de má qualidade e ineficiente; quando não estou esmagada pelos corpos e emissões sonoras em excesso nos vagões e corredores sempre lotados, me vejo obrigada a me ajeitar em assentos nada anatômicos e que me fazem sentir gorda e desporporcional. A dor nas costas só piora seja sentada em assentos duros, seja em pé carregando bagagens pesadas e sendo empurrada,cutucada e imprensada durante horas todos os dias. A dor de cabeça se deve em parte pela minha irritação característica da minha natureza e do meu azedume que só se acentua com mais e mais motivos para me irritar, e em parte pela poluição sonora, gritaria e vozes estridentes de pessoas irritantes aos quais sou exposta diariamente.
Na sala de aula tenho ainda menos espaço. As carteiras pequenas e baixas, com mesas pouco espaçosas me obrigam a manter uma má postura e a virar ou dobrar o pescoço tantas vezes que já pensei até em procurar um massoterapeuta para me ajudar com o constante incômodo devido a torção dos meus músculos a fim de anotar e enxergar a lousa numa cadeira que parece feita para crianças do ensino primário.
Eu me sinto sempre fora do lugar;estou aqui mas não sou daqui e nada me faz sentir confortável, nem mesmo as conveniências.
Também não tenho espaço nos grupos sociais, nos casais menos ... E acho que nem na lembrança das pessoas. As vezes eu pareço um fantasma socialmente falando; não é todo mundo que é capaz de me enxergar e perceber a minha presença.

Será que eu estou crescendo e me expandindo e vou acabar colapsando, como um microuniverso prestes a entrar em combustão?
Talvez. Fato é que por vezes sinto que estou desaparecendo, acabando, perdendo partes de mim para algo maior que eu que me consome.
Eu me sinto sem espaço.

sábado, 14 de abril de 2018

Songas,mongas e falsianes

Olha, se tem uma coisa que eu tenho aprendido com a vida e a não confiar em pessoas que se fazem de muito vulneráveis e coitadinhas; com aquelas carinhas de cachorro pidao mas que na primeira oportunidade te mordem feito um vira-lata de rua traiçoeiro.
Não é novidade para ninguém que 80% das pessoas com quem tenho que conviver diariamente em algum aspecto acabam de irritando, e o que me irrita de fato é a mania de ser duas (e as vezes três ou quatro) caras de algumas pessoas.
Nossa ... Eu fervo de raiva! Mas quem não?!
Quem nunca se incomodou com um colega sonso?
Quem nunca se chateou com atitudes egoístas, mesmo que pequenas dos outros?
Quem nunca se viu arrependido de ter sido tão generoso com alguém que nem ao menos se dá ao trabalho de ter consideração?
Quem nunca teve que aturar uma songa-monga (ou um banana mole, no caso dos rapazes)? Ou vários songas e bananas juntos aos mesmo tempo compartilhando o espaço coletivo com você?
Pois é... essas pequenas irritações, feito micose embaixo das unhas, as vezes a gente enfrenta com persistência até conseguir se livrar ... ou até não se sentir mais tão incomodado!
   Beijocas e pipocas.