sexta-feira, 26 de maio de 2017

Sweet Child o' me.

 
         Parafraseei o nome da canção de rock anos 90 dos Guns n' Roses (que eu acho ótima aliás) exatamente por estar recordando alguns momentos, de quando eu era mais nova, "criança" mentalmente e até mesmo eventos de quando eu era literalmente criança.A vida é estranha, ninguém te avisa quando você vai virar um adulto, simplesmente o tempo passa, você cresce e toma suas decisões, e em um dado momento se dá conta de que agora é com você... E então você acorda, se sentindo incomodado por ainda não ter finalizado o curso de graduação, por morar com seus pais e não ter tido nenhum relacionamento sério de verdade em plenos 22 anos (sem contar os tormentos das fracassadas investidas amorosas, que a gente vai contabilizando ao longo da vida).Mas o interessante disso tudo mesmo, é que mesmo tendo consciência da vida de adulto que você está levando, e que tende a ficar cada vez mais séria e exigente, é que você ainda mantém dentro de si as características da criança que você foi um dia;ela ainda está viva dentro de você, ela ainda existe só que está com mil e uma coisas para resolver, precisa arrumar um emprego e um namorado decente que possa ser apresentado aos pais como um pretendente.
        É interessante perceber em nós mesmos as mudanças trazidas pelo tempo, e ainda assim acalentar dengosamente tudo aquilo que foi preservado dentro de você, como ainda ter o mesmo prazer em abrir um saco dos seus doces favoritos, se irritar e gargalhar pelos mesmos motivos, saber a letra de todas a suas músicas favoritas, ainda chorar e se emocionar com as mesmas coisas, ainda amar os mesmos filmes do seu top 10,ainda se divertir com os mesmos livros favoritos, ainda admirar as mesmas pessoas e atitudes,ainda lembrar dos momentos que já se foram há anos atrás mas que vivem intensamente e vibram na sua memória - você os revive com a mesma riqueza e intensidade a cada evocação.
      Eu ainda sou a mesma de sempre, e sempre serei ... aos 33, 44,55,66,77 anos e por aí vai, no fundo no fundo ainda serei a garotinha temperamental, tagarela, que adoraaaa doces e cor de rosa, carregando uma canastra e uma bolsa cheia de livros pra lá e para cá, com a cabeça cheia de sonhos, e o coração cheio de fé; depois de todas as mudanças e transformações, em essência, essa ainda sou eu: Um criançona.

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