quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Menos de 24 horas para uma possível catarse

 

Ai ai, mais um fim de ano. 

Mais uma antevéspera de ano novo. 

Mais um ciclo acabando e reiniciando. 

    Eu lembro de amar tudo isso quando era mais nova, quando criei esse blog espontaneamente em 2009, 11 anos mais nova e 11 mil anos luz mais enérgica. Era bom planejar looks, atividades, compra de material escolar novo, coisas para fazer em casa nas férias, bater papo com as amigas sem se preocupar com deveres escolares e atividades. Depois de uns anos o fim de ano se tornou menos uma expectativa e mais um alívio, ainda mais dependendo do ano que levamos. 

    O ano 2020 foi horrível para todo mundo, independente da escala em que os eventos em efeito dominó catapultados nos afetou, ou das proporções dos estragos. Inegávelmente, 2020 foi um ano negativo para muitas pessoas. Apesar de ainda amar a cor rosa, ainda ter uma bunda enorme e redonda e tendência genética a ganho rápido de peso ... Eu não sou mais uma bolinha rosa, eu tenho 25 anios agora, depois de vários impasses e problemas oriúndos de razões políticas estou lutando para me formar, e lutando há quase 2 anos para conseguir um emprego sendo esse qual for, tenho sonhos que temo nunca ser capaz de realizar e algumas frustrações do início da vida adulta. Esse ano foi o ano em que tive mais respostas negativas a candidaturas de empregos, mais adiamentos de processos seletivos e cancelamento de programas e oportunidades de pós-graduação, e claro, o ano em que tentei fazer o máximo de cursos online grátis com certificado ao menos para enfeitar o currículo ou enriquecer o Lattes. Nesse ano eu também tive dois artigos publicados com meu nome entre os autores, mas eu estava muito tensa para aproveitar como gostaria. Nesse ano também descobri muitas mazelas e obscuridade emocional em ser adulto; caramba, como é difícil tentar se comunicar, ajudar, incentivar  o bem dos outros e nos outros e ser afetado pela afetação alheia. 

    Esses ano foi um ano incerto e dolorido, e um ano que me levou a muitos mergulhos interiores, desistências pessoas e desejo por esquecimento. Também fiz tudo ao meu alcance e me senti improdutiva, aproveitei todas as oportunidades que me apareceram mas não fui capaz de desfrutar das melhores delas, lidei com muita hierarquia e burocracia, perdi uma boa parte do meu entusiasmo, chorei escondido e tive muitos acessos de raiva acumulada, e claro, sofri calada tentando ficar bem.

     Tenho fé no futuro, no meu sucesso e no dos outros? Tenho, afinal de contas sou persistentes e otimista, mesmo que tenha que estar lutando mais e por mais tempo do que eu imaginei. Tenho ciência de que preciso romper barreiras tangíveis e também invisíveis mas que por mais que saiba disso e busque um jeito ás vezes não consigo? Tenho, tenho essa ciência e acredito que seja por isso mesmo que as orações são poderosas ferramentas espirituais. Tenho noção do quanto minhas melhores intenções e palavras podem ser distorcidas e mal interpretadas? Infelizmente, sim.  Tenho vontade de tentar até conseguir e sentir o gostinho do êxito? Tenho, tenho muita. Tenho vontade de chorar? Tenho, com cera frequência. Tenho preocupações que nunca compartilhei com ninguém? Tenho sim. Tenho vontade de superar meus medos, traumas ou ansiedade? Tenho, tenho.  Consigo? Nem sempre. Desisto, mas volto atrás e tento de novo? Várias vezes. 

    O ano de 2020 acaba amanhã, mas não temos nenhuma garantia de que 2021 será melhor assim como só temos o alívio de ver esse ano acabar, e quem sabe com o tempo ele deixar de ser nocivo feito veneno e se tornar apenas uma lembrança, como foram outros anos difíceis para mim (2012, 2015,2018 ...). 

    Se você também está de saco cheio de 2020 e tudo o que ele fez com a gente, saiba que ele vai acabar, pois todo ano acaba, na verdade, tudo uma hora acaba, passa, tem fim ... Já vai acabar ... 

    Desejo o melhor a todos , e claro, um FELIZ ANO NOVO! 

                    Beijos e Queijos.


quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Auto- ódio

     Pode ser a pressão social que todo mundo sofre, mais a pressão política por conta do segundo turno das eleições para prefeito no Rio de Janeiro, mais o ciclo menstrual  e um barulho insuportável de obras com uma música horrível no último volume mas desde ontem  estou com um mau humor direcionado a mim mesma. 

        Estou com tanta raiva de mim que nem consigo pensar direito, eu me detesto a maior parte do tempo e fico pensando em como as coisas simplesmente pararam de acontecer na minha vida.  Esse ano foi insuportável para todo mundo, mas vamos combinar que a sua própria vivência é particular e interna e por isso, é super válido falar dos seus motivos para a sua frustração.  Eu queria já ter passado de fase na vida, já ter avançado, mas as coisas foram se complicando ao longo do caminho e nem sempre por razões que eu consigo explicar e isso vai cansando as nossas relações, as nossas aspirações e até mesmo as nossas expectativas particulares. 

        Beijos e Queijos :)

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Quinceñera


Dia 24 de Setembro de 2020 fez 15 anos desde a minha menarca (primeira menstruação). 💓💓💓
Esse assunto ainda é um pouco tabu principalmente para se discutir com homens sendo eles nossos pais, amigos, filhos, irmãos ou parceiros românticos devido à atribuições equivocadas sobre a menstruação. 
A memória da primeira vez que menstruamos não deveria ser tratada como segredo ou mistério ou algo que não se possa comentar, e muito menos como algo sujo ou inapropriado. Desmistificar a menstruação e o funcionamento do corpo feminino foi muito empregador para mim, ainda mais por ter encontrado literatura e orientações médicas sobre o assunto e me sentir a vontade com isso tudo já que não tem nada errado em menstruar, sentir sintomas e querer comentar e falar sobre o assunto. 

Eu não sinto nenhuma vergonha ou constrangimento em falar abertamente sobre menstruação, vagina, vulva, pelos pubianos e tudo o que experenciamos possuindo um corpo feminino e isso foi me dando segurança e noção de mim mesma já que menstruei aos 10 anos e passei pela pré adolescência e adolescência já menstruando.  

terça-feira, 1 de setembro de 2020

O pior século para ser jovem e solteiro é o 21.

Eu realmente não entendo como as pessoas arrumam parceiros, namoram e se casam e por vezes ficam juntos por anos ... porque cara, nesse aspecto da vida eu sempre fracassei. 
E olha que já tentei paquerar na faculdade (nas duas em que estive), na igreja (depois do culto claro, buscai primeiro o Reino!), no Facebook, no Instagram e até nos apps de namoro citando os gerais e os cristãos e nada .... nada, nada, nada. Depois de 3 anos eu dei um tempo, fora uns crushs que eu tive sem futuro algum. 
A cultura do descompromisso e da ghosting também não ajuda em.nada: todo mundo reclama que não encontra ninguém é blábláblá,  mas assim que percebe que não vai ter sexo fácil ou que você está interessado então a pessoa desaparece. Por vezes ouvi mil desculpas sobre o sumiço do cara, e logo depois ele aparecia com outra; e ainda age como se nada houvesse acontecido. 
Enfim ... Eu já me machuquei muito nesse sentido então estou sempre na defensiva,  mas admito que tentei, tentei dar chances a pessoas de fora da minha religião, de fora da minha esfera de convívio, de fora da minha bolha, mas até agora nada. 
Honestamente, não quero ter que implorar ou me diminuir para receber atenção de potenciais parceiros; é extremamente cansativo ser rejeitado o tempo todo, e quando buscamos conselhos amorosos às vezes as pessoas não sabem nos ouvir ou nos ajudar: Eu ouço que busco nos lugares errados, que sou isso é aquilo (não acredito) e que qualquer um teria sorte em ficar comigo, que deve ter alguém especial a minha espera (acredito cada vez menos) mas não recebo tutoriais de como consertar o desconforto e insegurança que sinto, como não ser ignorada quando estou falando sobre o que as pessoas me perguntam, ou como mentir sem mentir já que as pessoas querem alguém sincero mas não querem lidar com as suas verdades, ou como encontrar  alguém que não queira só sexo e um corpo para se aquecer. 
Cara, tem momentos em que eu DETESTO, quase odeio a minha geração de pessoas fragilizadas e sem o mínimo de fibra e real vontade, sem o mínimo de noção e compromisso que quer tirar proveito de tudo sem se comprometer com nada. Tem horas que me dá raiva mesmo ... 
Não é à toa que estatísticos dizem que solteiros entre 24 a 35 anos em aumento de número preferem continuar. Não dá.  
A minha geração é muito irritante.
Beijos e Queijos :)

Auto cancelamento

Eu ja considerei desativar ou reduzir minhas redes sociais não por grandes questões, mas por me sentir uma pessoa sem importância e alguém a quem ninguém escuta.  
Eu posto sobre o evangelho,  sobre livros, sobre ciência, sobre vegetarianismo, sobre meio ambiente, sobre biologia, sobre questões que julgo importante, sobre esclarecimento mas parece que ninguém liga. 
Tenho pessoas de todos os lugares em que passei nas redes: das escolas em que estudei, dos cursos e aulas que fiz, das faculdades, professores, pessoas que conheço em eventos e congressos e amigos de amigos mas há momentos em que me sinto muito sozinha; como se não conhecesse ninguém. É ver uma postagem num grupo, um Meme, uma música,  e não ter quem postar, não ter respostas às mensagens de direct, baixas visualizações nos stories e basicamente só curtidas porque as pessoas rolam seu feed. 
A minha vida não é muito interessante, eu não gosto de mostrar o corpo e tenho alguns interesses que pode não ser o de todo mundo, mas sou uma pessoa de verdade, alguém genuíno com personalidade e opiniões. Gosto de pregar, falar sobre assuntos que acho interessantes, rir, ver coisas ... mas há muito tempo parece que faço isso sozinha. 
O autocancelamento para mim seria como parar de falar pois ninguém quer ouvir, as pessoas querem ecos delas mesmas na maioria das vezes.  
O mundo moderno é cansativo e exigente; a gente tem que espalhar flores mesmo que as vezes tome algumas pedradas. 
Enfim, eu tô cansando de redes sociais em que ninguém socializa de verdade. 

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Ninguém liga

Se tem algo que eu venho percebendo desde os meus aninhos de pré-adolescente é que as pessoas são seletivas sim, e nem sempre o esforço que você faz para ser legal e sincero compensa. 
Fazer amizades e criar vínculos é difícil, e se as pessoas não estão interessadas em você por algum motivo, mesmo que elas até simpatizem e gostem de você um pouco, é difícil estabelecer um vínculo profundo.
Sou constantemente cobrada sobre minha personalidade difícil, que nem sempre foi assim e nem sempre é quando eu encontro pessoas com quem me sinto à vontade, mas quando esclareço todos os fatos e atitudes das pessoas que ao longo do tempo foram fazendo com que eu preferisse estar mais reclusa então eu não sou tão validada. Eu já tentei participar de vários grupos em vários lugares, e não que não tenha amigos, eu tenho, mas eles são de momentos isolados da vida e não de um grupo que foi crescendo e se tornando consistente. Uma outra questão é que eu sempre sou cobrada em relação ao fato de sair pouco, ter poucos amigos ou ainda quase não ter namorado... como se dependesse de mim, como se a culpa fosse 100% minha, como se eu não me esforçasse o suficiente para as pessoas gostarem de mim.
E de novo: Eu tenho amigos, aleatórios e que estão sempre ocupados, mas tenho. 
Eu já tentei conversar com as pessoas, já tentei me adequar, já tentei de tudo, mas não consegui muito êxito. 
E por mais que houvesse gente com quem eu tivesse muito em comum e gostasse de conversar, ainda assim, eu não era parte do grupo, eu era deixada de lado, de escanteio. Isso aconteceu muito na faculdade, tanto que eu parei de tentar e passeo a ficar só com um livro na cara. Tanto que agora as pessoas no Facebook me irritam com seus posts, fotos, cobranças,  reivindicações como se elas também não fossem parte do problema, como se elas também não fossem babacas e interesseiras, como se elas também não fossem grossas e sem consideração; tanto que eu não falo com basicamente ninguém da faculdade nesse tempo de isolamento social, mais ainda porque nem tenho muito o que falar. 
Ninguém liga. 
Ninguém liga se te excluem sem motivo, ninguém liga se abusam da sua boa vontade, ninguém liga de rirem de você pelas suas costas, ninguém liga de te deixarem numa pior, ninguém liga ... 
Então,  também não deveríamos ligar e nos divertirmos por nós mesmos, cuidarmos de nós mesmos e termos a nossa fagulha de felicidade individual. 

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Mood swings

Existem muitos termos do inglês que eu gosto, mood swings é um e basicamente significa mudanças de humor cíclicas ao longo do dia ou de algum período; são aquelas variações de sentimentos e percepções repentinas e comuns de humor. Aquele dia em que você acorda normal, fica alegre, um pouco entediado, meio tristonho, um pouco aborrecido e logo depois calmo e então moderadamente relaxado ... Isso é o mood swings.
Por mais que às vezes a gente não externe, essa mudança de humor se torna tão parte da rotina que a gente passa até a identificar nossas emoções e sensações em nós mesmos, ainda mais com todo estresse associado ao momento wue vivemos e vemos no mundo todo. 
Por vezes me pego ansiosa, chorosa, abatida simplesmente por não saber quando irei retornar à "minha vida" e como irá se suceder esse retorno. Fico imaginando como será a conclusão do curso de graduação, me irrito com a minha própria personalidade várias vezes por dia, me irrita minimamente com as pessoas que moram comigo e suas personalidades, me incomodo com barulhos,luminosidadea e presenças, em alguns dias já acordo cansada por ficar até tarde acordada inquieta, imersa em pensamentos.
Há momentos em que escrevo no meu diário quando estou tao carregada de emoções que preciso deixá-las sair. 
Quem não está sentindo que vai explodir em algum momento?! 
Até nos grupos do Facebook,  as pessoas dizem o quanto, feito eu, tem vários humores ao longo do dia ... 
Beijos e Queijos :)

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Atrasos, prorrogações e adiamentos



                 Como se a gente já não tivesse nossos "probleminhas" para resolver, o ano de 2020- que eu inocentemente acreditei que seria um ano tranquilo e chuviscado de novidades boas- já começou sendo uma caixinha de surpresas - ou de Pandora, dependendo do seu nível de pessimismo. Eu estava conseguindo lidar melhor com a carga emocional acumulada de 2019 (lê-se estresse e frustração pessoal) porque de acordo com os meus planos e com as folhas personalizadas de planner que comprei na internet, 2020 tinha tudo, tudo mesmo para ser o meu ano ... 
                 Eu tinha planejado TCC, pós-graduação, saídas, passeios, até encontros românticos se as coisas funcionassem como esperado. Mas não ... Nada, Neca, Never. A essa altura do campeonato nem precisamos dizer que 2020 praticamente deu errado ou nem aconteceu sem exageros PARA TODO MUNDO EM TODO O MUNDO. Nesse período de reclusão forçada e forçosa, decidi me manter em contato com meus sentimentos mais profundos e íntimos, e comecei a fazer diários de oração e a escrever sem nenhum floreio todos os meus sentimentos e pensamentos em um diário pessoal; e com coragem eu exponho e enfrento coisas enraizadas dentro de mim, já que eu ainda quero que 2020 seja um ano de vitórias então eu vou vencer as minhas próprias inseguranças. 
             Fala sério gente, a gente já está tão sem aguentar essas incertezas, essa estase que nem aguentamos mais a nós mesmos. Eu já não me aguento mais. 
                  É atraso em todos os compromissos, agendas e calendários de todo mundo, é prorrogação de isolamento social, de limitações e restrições e adiamentos os mais diversos e inusitados possíveis. Imagino que eu não sou a única pessoa a já acordar de mau-humor por se sentir vivendo todo dia o mesmo dia tedioso, como se estivesse preso em um filme experimental ou vídeos caseiros de foundfootage: Mesmo cenário, mesmo figurino, mesmo personagem, mesmas ações mas as motivações - ao menos as mais basais e superficiais - vão sendo diminuídas. Enquanto não há resolução clara deste enorme problema que é o COVID-19 e dos demais problemas trazidos e evidenciados por ele - e no caso do Brasil e do Rio de Janeiro, nem consenso existe- vamos tendo que lidar com os atrasos, prorrogações e adiamentos e somos meio que levados a encarar e nos deparar com o tédio. 
              Não me refiro ao tédio proveniente da ausência de entretenimento, mas do tédio de nossas vidas, de nossa existência, aquele tédio abafado dentro da gente e todas as coisas escondidas por trás dessa sensação de ... nada.          

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Voto de apreciação


                 Eu já considerei ser uma jornalista, e se o fosse, gostaria de ser uma colunista de algum assunto. De preferência da mídia impressa (que é rara agora, mas acredito que sites de boa qualidade e portais de jornalismo também se encaixem nessa categoria). Eu ando vendo muitos vídeos e ouvindo podcasts de muitos jornalistas que pegam seus equipamentos e produzem conteúdo de muita qualidade, estilo e adequação temática, me senti tão tocada e preenchida pelos jovens jornalistas que estou digitando no laptop e não no celular,  para me sentir como se fosse um deles. 
                 Eu sou apaixonada por informações, e deve ser por isso que mina cabeça vive fervilando de ideias e pensamentos (isso por vezes atrapalha o sono rsrsrs), pois eu sinto prazer em pensar e refletir, em absorver o mundo e ter a minha própria interpretação dos fatos ( sem me distanciar da realidade), eu gosto de saber, de interagir e partilhar coisas justas e corretas, e por isso que sempre tive certo apreço peo trabalho jornalístico: colunas de jornais e revistas, sites e blogs especializados, documentários e reportagens especiais, ´programas de rádio, e agora podcasts e canais no youtube e redes sociais são coisas que alimentam essa maquininha de escrever que tenho dentro da cabeça, que registra tudo e absorve o que decide quje é bom e proveitoso. 
           Lembro de quando era criança e adolescente e assistia a programas como os de solucionamento de crimes, investigações como os do Linha Direta, simulações de histórias enviadas pelos telespectadores como uns que eram exibidos pelo SBT, Bóris Casoy no Jornal da Record (eu gostava muito), e dos programas de entretenimento que transmitiam minidocumentários, entrevistas exclusivas, informações sobre fimes, bandas, celebridades e curiosidades diversas sobre o entretenimento além de lançamento de clipes e interatividade com o público, além das revistas com edições e editoriais incríveis e por vezes uma curadoria incrível quando comprava revista de música.
                    Venho deixar meu voto de apreciação para o jornalismo e seus profissionais!
                          
                            
                       

terça-feira, 14 de abril de 2020

Brutalmente totalmente honestos

Como cristã que sou, me agarro cada vez mais à verdade de que só podemos expor integralmente o que há em nossos corações a Deus pois as pessoas muitas vezes só aceitam que você seja honesto se você estiver disposto a mudar de ideia e fazer o que em tese agrada todo mundo. 
Se um dia você sonhou em casar e ter filhos mas agora não tem mais essa prioridade, independente do motivo, a pessoas agem como se fosse um crime matar os seus próprios sonhos e investir em novas prioridades para você, mas os sonhos não são meus? A vida não é minha? 
Abrir mão da carreira para ter família é louvável, mas abrir mão da família para ter uma carreira ou adiar essa família sem se importar com o relógio biológico é um pecado mortal ?! 
Trocar de carreira e ter que fazer o triplo do esforço para ter um salário e respeito das pessoas é ser batalhador, mas insistir na carreira que você escolheu e decidiu que ama é perda de tempo e sofrimento desnecessário?! Desnecessário para quem? Numa profissão que eu escolhi eu não teria que fazer os mesmos esforços e sem nem mesmo querer estar lá? Se eu estou pagando um preço por seguir as minhas próprias decisões então eu estou desperdiçando tempo, mas se eu faço o que todo mundo em unanimidade me aconselhou aí eu estou lutando?! 
Por que deveríamos ser em tese obrigados a seguir conselhos?! Tá bom, eu ouvi e analisei o que me disseram mas ainda assim prefiro seguir com o meu próprio plano, e qual é o problema? Por algum acaso quando eu estava cheia de dúvidas e cansada emocionalmente alguém veio com soluções milagrosas e dicas infalíveis e me ajudou a resolver meus dilemas ou eu tive que pensar, pensar, pensar e então decidir o que achava mais adequado para a ocasião?! E agora que eu já tomei as minhas decisões me surgem conselheiros, e palpiteiros que parecem que não entendem nada do que você fala por mais que você tente explicar suas motivações e necessidades. 

Outra coisa: a gente pode abrir mão de necessidades,sabia?! Por mais que sintamos a necessidade de dormir, podemos abrir mão dela para finalizar trabalhos, estudos e atividades; a gente sente necessidade de comer, mas podemos pular refeições pois o tempo de preparo demoraria o equivalente a leitura de mais 3 artigos, o que adiantaria a finalização de uma apresentação, e então comemos biscoitos até terminarmos o que começamos para então fazer uma refeição; a gente sente necessidade de tornar colegas de classe/estágio/trabalho em amigos, até percebermos a superficialidade e instrumentalidade dessas relações e então abrir mão da companhia em troca fo respeito próprio.  
A gente consegue deixar de demonstrar afeto e paixão pelo objeto do nosso "amor" quando percebemos que nunca vai dar me nada, mesmo que em parte sintamos necessidade dessa pessoa. 
A gente consegue se virar e dar um jeito.
 
Por vezes a crueza de tudo o que sentimos e pensamos é intragável para os outros, e nessas horas é que sou grata por poder contar com a intercessão do Espírito Santo que traduz tudo fielmente a Deus.  

quinta-feira, 19 de março de 2020

Pacientes de nós mesmos


          Nessa minha procastinação produtiva acabei tendo mais um insight sobre como ando resolvendo os meus millenials problems com a amostra grátis de um emotional burn-out  que ainda deixou um resquício de agitação interna e hábitos notívagos, e pensando nisso foi que eu peguei uma chick-lit só para me divertir e comecei a ler (e acabei baixando todos os livros da autora que achei disponíveis legal e gratuitamente) e tirei um excelente aprendizado junto com o divertimento que precisava no momento. 
         Depois de ler o livro Férias! de Marian Keyes , me identifiquei muito com as necessidades emocionais de crescimento da protagonista Rachel Walsh (e passei a desejar demais que o par romântico dela, Luke Costello, existisse hahaha #crushliterário) e de como parte do processo de recuperação principalmente emocional e cognitivo dela envolvia abraçar as próprias emoções, identificá-las , embarcar na própria identidade e claro, se responsabilizar sobre como essas emoções e reflexos afetavam o seu comportamento. Essa leitura teve um grande impacto em mim, além de , de longe ter se tornado o meu livro favorito da autora, devido a profundidade de como reflete a urgência de alguém que sabe que precisa mudar, que quer crescer mas que não sabe como; e todo o enredo em torno da autorresponsabilização e também da travessia individual desses processos me lembrou o filme Era uma vez, Eu verônica em que uma mulher começa a dizer e gravar seus pensamentos mais íntimos, suas dúvidas e medos como se em uma sessão de psicoterapia com ela mesma, e assim, ao se ouvir e se analisar sob a perspectiva externa de sua persona profissional (uma psiquiatra da rede pública de saúde que atende predominantemente pessoas perturbadas de baixíssimas classes sociais), consegue então solucionar seus conflitos e problemas, despertar de uma espécie de sono, de coma induzido emocional e a encarar de fato as mudanças que precisa fazer voluntariamente a fim de encontrar completude e satisfação em sua vida. 
           Quando a gente aprender a ser paciente de nós mesmos e não somente paciente com a gente mesmo, conseguimos extrair toda propriedade curativa do famigerado autoconhecimento, e assim prosseguimos para um novo nível emocional em que dominamos a nós mesmos com controle responsável e combatemos nossos gigantes usando as armas corretas, e não de mecanismos de fuga ou artifícios anestésicos. 
           Comecei esse ano (mesmo, ja na primeira semana do ano) totalmente disposta a mudar muitos dos meus hábitos e comportamentos, mas ao invés de fazer listas de coisas que eu deveria fazer, e começar de fora para dentro, fui buscar na literatura, no cinema, nas mídias sociais de informação e nas plataformas em que muitos profissionais disponibilizam palestras, apostilas, testes e arquivos de áudio  para mergulhar nas raízes das coisas que gostaria mudar e nos porquês de alguns sentimentos e pensamentos pesados e negativos simplesmente terem ficado tão marcados em mim que eu acabei me sentindo incapaz de me livrar deles defitivamente. Passei a explorar dentro de mim mesma tudo o que potencialmente causava meu sofrimento e fui desde as dificuldades que eu enfrentei para pertencer na escola primária, até as implicâncias, birrinhas, panelinhas e pequenas crueldades pré-adolescentes do ginásio, e claro toda a inadequação e insegurança do ensino médio e por fim, a independência  da faculdade, todos os processos que nos levam a desabrochar - ou se esborrachar- como um adulto e os problemas que nos transformam e extraem querendo ou não uma força e uma vontade de superar maior do que a gente, dei umas voltas pelos meus crushs mal sucedidos, ciclos viciosos, hábitos involuntários de autogratificação, medos e inseguranças, manias adquiridas e acentuadas com o tempo, meus refúgios emocionais e hábitos alimentares e de sono, fazendo umas paradas para avaliar minha autoimagem e conceitos de beleza .... E percebi uma coisa que estava me escapando aos olhos: Eu sou humana gente, e tudo bem. 
            A partir desse ponto, ser minha paciente tem me ajudado a ser paciente. Isso tem me poupado tanta energia, que estou menos cansada do que estava na primeira semana de Janeiro, não porque dormi mais, mas porque me consumi menos. 
            Seja seu próprio paciente, ativo na sua própria recuperação, empenhado na sua própria descoberta e dedicado ao seu próprio crescimento. 
              

Ai, ai, ai ...

         Me lembro dos trancos e barrancos pessoais que passei em 2019, todos eles envolvendo a minha graduação e todas as coisas que deram errado o que foi basicamente me cansar ao extremo ao lidar com colegas de classe extremamente preguiçosos e omissos, fazer sozinha o trabalho de um grupo de pessoas, aturar todas as demandas psicológicas que envolvem uma graduação e claro, começar a escrever o TCC, sem computador em casa pulando de biblioteca pública para biblioteca pública, imprimir uma imensidão de artigos, e  ter a internet desligada no meu computador (e com isso perceber que minhas atualizações não estavam sendo salvas) e ter meus arquivos deletados (apenas os meus arquivos e as pastas com o meu nome sendo que havia muitas pastas de alunos no computador da biblioteca da faculdade, e ninguém apagava nada de ninguém)  porque uma das monitoras simplesmente se irritava comigo porque eu sou tagarela e claro, perceber a falsidade de supostos amigos que na verdade só eram amigos quando tinham com o que se beneficiar. 
       Fiquei extremamente cansada, me atrapalhei com os prazos, fui ter um computador quase em outubro e com isso perdi também os prazos para entregar a primeira versão do meu TCC, e ao final do período estava tão, mas tão exausta física e emocionalmente que esqueci uma questão de um prova final e com isso, preciso repetir a disciplina esse semestre e  marcar a defesa do TCC depois de fazer mas umas duas ou três correções. 
        Ao final do ano, tentei focar no aspecto profissonal e busquei oportunidades de emprego, e estou aguardando uma melhora de panorama depois de avaliar as minhas chances reais; aí no ano novo meu pai me disse : " 2020 vai ser o seu ano, filha!". Pois bem, estamos em 2020. 
       Esse ano já começou cheio de surpresas e intempéries para a população mundial, do Brasil e do Rio de Janeiro nesta escala, já no terceiro mês desse ano viemos de uma ameaça de terceira guerra mundial, a contaminação e impossibilidade de consumo da água disponível no sistema público de tratamento no Rio de Janeiro e agora vemos uma pandemia acabar com a economia, os recursos de saúde pública em todos os países afetados sendo eles desenvolvidos ou não e claro, literalmente acabando com a vida, pondo fim e abreviando a existência de muitas pessoas pelo mundo. Meu aniversário de um quarto de século é em Abril, logo na primeira semana ... o que será que vem por aí?! Tomara que a resolução dessa situação esmagadoramente triste e enervante! 
       Deveria estar finalizando os tópicos do meu TCC,  mas estou um pouco estressada e vim aqui espairecer um pouco nessa minha bolinha rosa e pensar (enquanto dialogo com meu pai e minha mae cochila no sofá hahaha). 
          Tudo o que está acontecendo está gerando uma preocupação generalizada, estresse coletivo e claro, revolta. Diante de toda esta situação, a gente só tenta mesmo fazer o que está ao nosso alcance da melhor forma possível e lógico, evitando a neurose e a divulgação de fake news e promovendo sempre o bem coletivo.
     Ai, ai ai .... Socorrrooooo!  

Desentendendo

          Cada vez mais percebo como me tornei uma pessoa diferente; ainda sou a mesma nos aspectos de personalidade e caráter mas mudei demais o meu comportamento. 
Já fui mais aberta, mais convidativa, mais afetuosa até mas com o tempo fui mudando, por vezes intencionalmente. Já fui mais interessada em criar vínculos com as pessoas, agora eu tenho menos interesse.  
         Existem coisas que a gente vai desentendendo ao longo da vida, para entender depois quando estamos maduros o suficiente para aplicarmos a nós mesmos. Exemplos?! Bem, já cheguei a pensar que os relacionamentos, namoros, tentativas que conhecer pessoas fora e dentro da internet seria tão empolgante e gratificante como vemos nas séries, filmes, livros e depoimentos no YouTube de como as pessoas conheceram seu amor (estrangeiro), mas na verdade, se expor e permitir que as pessoas tenham ao menos a chance de tentar ter  algum interesse romântico pela sua personalidade pode ser bem frustrante, cansativo, doloroso e um pouco perturbador. A idéia de arrumar um emprego regular é bem simplista, até você realmente tentar se candidatar a qualquer emprego e perceber a quantidade de requisitos e adaptações necessárias para ganhar pouco e se cansar mais do que o admissível. Investir na sua carreira parece inato e inspirador, até ter atrasos na graduação, dificuldade de oportunidades remuneradas dentro da sua área, a distância e cargas horárias incompatíveis dos cursos de pós-graduação de seu interesse e claro, os numerosos e consecutivos cortes de orçamento das organizações responsáveis por manter a sua área de atuação funcionando e sempre atualizada. 
        Depois que a gente passa a não entender mais as coisas como elas  supostamente seriam no nosso imaginário , então podemos enxergar a crueza das coisas como elas são de fato e assim adaptar essa realidade a nós mesmos e nos adaptarmos aos espaços e núcleos dos quais temos que fazer parte ou tomar parte. 
          A gente passa a não entender mais os pais, os amigos, a economia, o sistema operacional dos dispositivos eletrônicos, as dinâmicas sociais, os nossos interesses românticos, a matéria do edital de um concurso, até mesmo a nós mesmos e então, com o choque de realidade, começamos a entender tudo outra vez, mais e melhor. Acredito que é sobre isso que se trata a década dos 20 aos 30 anos: não entender absolutamente nada, chegar  ao ápice do desespero, se acalmar, e então passar a perceber a prórpia compreensão.

    

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

A bola rosa rolando


Eu criei esse blog em  2009, e no momento em que decidi escrever eu estava vestindo uma blusa listrada rosa e branca, uma bermuda rosa choque e óculos cuja armação rosa e vermelha compunham o look rosa no melhor estilo Elle Woods. 
Me lembro de ser época de férias pois eu ficava a maior parte do dia vendo filmes e vídeos dos Jonas Brothers no Youtube., e me recuperava de um ganho de sobrepeso típico da fase"patinho feio" do início da adolescência, por isso as roupas ainda estavam bem coladinhas no corpo e eu me sentia ainda como sendo uma bola! BAAAAANG! Meu blog pessoal vai se chamar A GRANDE BOLA ROSA! 
Eu sempre tive muitas coisas dentro de mim, muitos sentimentos, pensamentos, opiniões, perguntas, interpretaçõs, indignações, medos ... E queria escrever textos sobre o que eu pensasse e como me sentia em relação às coisas; pois se tem algo que eu aprendi nessa época da vida e que permanece como uma verdade inabalável para mim é que pessoas sensíveis e compatíveis se conectam pela internet ao compartilharem textos, vídeos, desenhos, tuítes, resenhas, poemas, músicas ou só por estaem online e dispostas a conversar com qualquer estranho bem intencionado num dia em que não se tem muito o que fazer. Dentro desses anos todos, tive muitas vezes que deixar meu mundinho virtual que eu mesma pintei de rosa para poder me dedicar a coisas como faculdade, curso de inglês, estágios,compromissos familiares e procura de emprego, inscrições em processos seletivos e programas de bolsas de estudo como exemplos mais fidedignos do que realmente me levou a postar menos no meu bloguinho do coração.
Gostaria de ter coisas bem mais interessantes para escrever aqui, como meus namoros, minhas viagens, as coisas legais que fui descobrindo e fazendo ao longo dos anos e as aventuras que vivi, mas muita coisa não saiu como no script que eu digitava para mim mesma na minha cabecinha sonhadora de 13/14 anos. Ainda assim, alearotiamente escrever nessa plataforma me aliviou e me fez enxergar muita coisa, e a manter certo entusiasmo juvenil diante das dificuldades.   A bola rosa está rolando, e enquanto as coisas vão indo, eu venho aqui tagarelar sobre qualquer pensamento, sentimento ou fato da minha vidinha meio boba, mas única como qualquer outra e cheia de possibilidades.

                         Beijocas e pipocas.