terça-feira, 8 de novembro de 2016

Agonia,anotações e café forte

    Eu não sabia que título dar pra esse artigo, assim como também não sei como ordenar meus pensamentos/sentimentos para expressar de forma clara tudo o que se passa dentro e fora de mim, então literalmente resolvi falar sobre o que tenho feito, seja para driblar a estagnação, seja para agregar valor a cada minuto de imersão pessoal.
      Por causa de uma maldição conjurada chamada PEC241, o reino encantado da Universidade Federal super bem conceituada para qual eu me transferi está congelado por tempo indeterminado até que finalmente o Governo Federal descongele os investimentos em Educação e Saúde Públicos, assim sendo meus dias mágicos de quase graduanda se transformaram em um marasmo de ansiedade, preocupção e pesadelos a cada noite mal dormida ou com barriga muito cheia, pesadelos com a devastação completa do reino encantado que me promove um dos maiores prazeres da vida: Conhecimento e Desenvolvimento Pessoal.
      Parece que o tempo também foi congelado,ele passa para todo mundo a minha volta mas não sinto que passa para mim. Não mudei nada, não cresci nada, ainda carrego algumas das mesmas dores e necessidades . . . O tempo poderia descongelar também, ele está me gelando por dentro.
        As anotações são frutos de tentativas de aplacar a agonia persistente, para eternizar pensamentos profundos ou ainda para externar pensamentos afetuosos; escrever sempre foi libertador para mim, então motivada por sensações boas ou ruins, eu escrevo, anoto, desabafo, rimo, faço poema . . .  A caneta desliza sobre o papel, e eu vou me tratando, sendo paciente de mim mesma nessa terapia escrita.
       O café forte é um gosto adquirido, e uma forma de demonstrar compenetração. Toda vez que tenho que pensar muito, tomo uma caneca de café, e penso.
        Tô aqui na minha sala , sentada com as pernas dobradas do mesmo jeito de sempre, com os cabelos presos e as calças de moletom;esperando receber alguma notícia divisora de águas, do mesmo jeitinho de sempre, um pouco agoniada, escrevendo depois de duas canecas de café.

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