quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Atualmente ( escrita em julho de 2012)


É tão legal quando você abre seu armário e encontra coisas velhas e papéis amarelados e fica analisando a si mesma, vendo as fases que teve e o tempo que duraram e então percebe o quando mudou até chegar a ser quem é atualmente.


É tão engraçado quando nos olhamos no espelho e pensamos “Meu Deus, como eu estou acabada!” e então se vê marcada numa foto antiga no Facebook de amigos antigos e percebe o quão linda está atualmente.

É tão ridículo quando pensamos que estamos fora de moda, paradas no tempo, pegamos o Ipod e vemos na playlist cada música bizarra e cafona e então encontramos CDs e (acredite se quiser) fitas cassetes e vemos como tínhamos cada gosto hor-rí-vel e então percebemos como temos um gosto refinado atualmente.

É tão irônico como achamos que não somos maduras o suficiente e que agimos como criancinhas bobonas, e então pegamos bilhetes e conversas pelo MSN com amigas e colegas, e vemos como nosso linguajar era, como exagerávamos nas reações, como éramos dramáticas e choronas, em como nos apaixonávamos e desapaixonávamos incrivelmente rápido e em como o amor era imaginado e então percebemos o quanto somos mulheres de verdade atualmente.

É tão bom quando recolho todas as minhas lembranças – as boas e as ruins-, quando junto todas as minhas vivências e experiências com tudo o que fiz e senti, quando misturo as minhas emoções de hoje com as de ontem e as opiniões e convicções que um dia já tive com as que tenho agora, quando ponho todo o meu passado e tudo o que fez parte da construção do meu próprio eu para mim mesma e coloco tudiiinho, TIM TIM por TIM TIM, em uma mala gigantesca, linda e cheia de surpresas edificantes e carrego com muito gosto pertinho do coração mantendo tudo isso aquecido com a fornalha de amor que alimento e assim, vou caminhando para o futuro feliz e ansiosa, e então percebo que eu sou muito mais eu atualmente...

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