quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Eu leio tantos romances ( escrito em 08/02/1013)


Eu leio tantos romances que tem horas que fico meio ensandecida, achando que todos os rapazes que me elogiam e tratam com gentileza estão mandando mensagens subliminares de seus afetos e desejos por mim, como nos livros em que leio onde em suas histórias as moças são cortejadas com tanta delicadeza e dedicação, que o interesse se torna uma paixão tão avassaladora que o amor é inevitável e em menos tempo que o de uma respiração ofegante o doce casal está se casando e sendo eternamente feliz.

                Eu queria tanto ser amada desse jeito, que tenho pena da minha triste figura quando me dou conta da minha loucura e da minha carência. É difícil para mim, que sempre me orgulhei de ser madura e independente, ter que admitir que tenha necessidades e que preciso supri-las o quanto antes possível. É frustrante se olhar no espelho e se dar conta de que seu sorriso é vazio, oco,  que seu olhar é desfocado e perdido, que você quer e precisa de alguém ao seu lado para dar um sorriso sincero e lançar um olhar apaixonado.

                O que acho mais interessante nos livros e nos romances em geral, é que o amor é intenso, verdadeiro, artístico, profundo, medonho, assustador, desafiador, arrebatador, quente, ardente, fumegante, bondoso, generoso, crítico, companheiro, fiel, e o melhor: recíproco. O casal se ama. O homem ama a sua amada. A mulher ama seu amado. É um amor tão enamorado que se ficaram longe um do outro adoecem e morrem, porque em suas almas já não são mais pessoas distintas, são um só; são dois corpos e uma alma; são duas almas e um corpo e somente unidos integralmente são totalmente felizes. Somente juntos são eles mesmos, são completos.

 Acho que daí vem minha preferência pelos romances, pois eu quero tanto um desses amores para mim que quando começo a desistir de encontrar o ‘ príncipe encantado’, me inspiro outra vez lendo uma história de amor bem romântica e repleta de veracidade; disseram-me que um amor assim existe e que no momento certo a gente encontra, mas onde está o bendito? Eu estou precisando tanto dele, e o brincalhão fica se escondendo de mim, brincando de pique - esconde esgueirando-se por trás de completos idiotas que só me fizeram sofrer e desperdiçar tempo; o charlatão fica bancando o mágico fantasiando as mais variadas espécies de sapos de perfeitos cavalheiros e quando estou quase convencida da fantasia a magia acaba, e junto com ela acaba também minha paixão, meu interesse e minha esperança de um dia achar o amor de minha vida.

                Onde estás tu, Oh! Amor verdadeiro? Onde poderia eu capturá-lo e prendê-lo dentro em mim? Como posso conquistá-lo? Como posso obtê-lo? Como posso merecê-lo? Será que mereço um amor? Será que mereço ser amada? Oh! Amor apareça... Por favor.

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