terça-feira, 3 de novembro de 2015

Quando um estranho se torna um amigo. (Escrito em 30/10/15)

Por mais surpreendente que pareça, eu sou uma pessoa tímida e retraída, para falar a verdade mais sinceramente, eu sou uma pessoa que se protege demais, de tudo, e principalmente de todos. Isso se deve a algumas mágoas que eu estou ainda superando, porque a traição e o abandono vieram de onde eu menos esperava de pessoas íntimas e próximas, mas enfim, nada que com maturidade eu não possa resolver. Acontece com todo mundo, né?! Nem todo mundo que entra na nossa vida permanece...  O que permanece são as lições que a gente aprende com os reveses da vida.
O título desse texto, na verdade foi inspirado, por assim dizer, em uma frase da cantora Jessie J. – que por um acaso foi usada como indireta-direta numa rede social contra mim – que diz  “ ... quando um amigo se torna um estranho.”, que foi parafraseada em uma postagem para me acusar de ser uma amiga ruim e mesquinha ( mas vamos deixar isso pra lá, afinal de contas eu tenho novos amigos agora), e então toda vez que eu lia essa frase eu lembrava dessa situação e  ficava um pouco mal por alguns instantes; mas então, depois de muito refletir  sobre como meu ciclo social, meus critérios para selecionar amigos e é claro, minha maneira de me relacionar com as pessoas eu pude perceber como o extremo oposto dessa frase se aplica perfeitamente á minha situação atual. Durante um tempo eu fiquei lamentando sobre como é ruim perder amigos, sobre como me senti desprezada e diminuída por ter sido vítima de fofocas de pessoas que costumavam frequentar a minha casa e por ter sido deixada de lado por alguns amigos e amigas que mudaram de vida, casaram, tiveram filhos, tomaram outros rumos, cresceram profissionalmente e fizeram outros amigos que estão no mesmo patamar que eles; mas decidi que não valia a pena ficar  triste com isso já que eu tenho como fazer novos amigos também.
Parei de lamentar pelos que se foram, e passei a me alegrar pelos que ficaram e pelos que chegaram agorinha na minha vida e a fazem tão feliz quanto os amigos que eu tinha antes. Morei 18 anos na mesma casa, na mesma rua, frequentando a mesma igreja e por conta disso, tinha amizade com as mesmas pessoas desde criança, o mesmo vale paras as escolas que frequentei ... Meus antigos amigos e eu havíamos crescido juntos, mas  as coisas mudaram, porque a vida faz isso mesmo, ela muda e nos leva a mudar, de lugar, de ideias, de atitude e de convivências também. E foi aí que tudo começou.
Eu tenho amigos virtuais de mais de 3 anos, passamos do Orkut para o Facebook, tenho inúmeros amigos virtuais  que conheci em grupos do Face, em sites de bate-papo para praticar inglês/espanhol  e outros vieram a mim por sugestão do próprio Face; minha atual melhor amiga e eu nos conhecemos por conta de um caderno de matemática emprestada e de um ponto de ônibus lotado e quem diria que ficaríamos tão intimas a ponto de eu ser madrinha de casamento dela? Sem contar é claro, os que vieram junto com ela como a irmã, o marido e a sobrinha do marido  que vieram de brinde no combo da amizade; tenho também amigos mais velhos, amigos de fé, amigos de youtube, amigas pelo mundo ... Quando um amigo se torna um estranho é realmente horrível porque um pedaço do coração se vai junto com a amizade desfeita, mas quando um estranho, um total estranho se torna um amigo ganhamos um pedacinho do coração de alguém  ... E isso não tem comparação. 
Com esse texto que celebrar aos amigos que ficaram na minha vida, os que continuam me amando e não me abandonaram, de celebrar os virtuais que conheci em comunidades do Orkut e que junto comigo passaram pelo ensino médio, vestibular e reta final da graduação, de celebrar os virtuais que conheci agora mas que são tão importantes quando os outros porque para mim amigos são amigos e TODOS ELES SÃO REAIS.

Obrigada meus amigos! Eu amo vocês, estranhos, completos estranhos que se tornaram amigos ... <3 nbsp="" o:p="">

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